Sem poder cogitar qualquer resultado que não a vitória, o Avaí entra em campo amanhã, no Scarpelli, contra seu maior rival, às 18:30. O Figueirense, favorito da mídia desde sempre, jogará em casa, com o estádio cheio e um time que vem desde o início do campeonato apresentando regularidade em suas apresentações. O Avaí, após um início de campeonato vergonhoso, vem aos poucos acertando o time e crescendo na reta final.
Com escalações contestadas pela maioria esmagadora da torcida, o técnico Silas insiste num esquema que premia o futebol dos chutões pra frente em troca de certa segurança defensiva. Jogadores que já demonstraram possuir qualidade técnica suficientes para decidir partidas invariavelmente começam as partidas no banco, e só saem de lá quando o desastre torna-se eminente. Falo dos meias Estrada e Marquinhos Gabriel, e do volante Fabiano. Na cabeça do Silas, Diogo Orlando sim é o craque que o time necessita. Sobre este, não vou nem fazer comentários. Quem assistiu ao jogo contra o Botafogo já o conhece suficientemente. Quando tomamos o gol, no finalzinho da partida, foi o primeiro a ser sacado. Precisando desesperadamente de um gol para continuar vivo, Silas colocou em campo Marquinhos Gabriel, Estrada e Evando dentro da equipe. Resultado: o gol saiu e despachamos o alvinegro carioca.
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| Na foto acima, o Leão mostrando como se trata um alvinegro |
Contra o alvinegro catarinense já começaremos em desvantagem, e se não marcarmos gols, daremos adeus ao sonho do tricampeonato. Com dois bons atacantes lá na frente, a tarefa não é tão impossível, desde que eles recebam bolas com qualidade. Marquinhos Santos já deixou explícito que precisa de auxílio nessa função. Pelas laterais, temos um Julinho que vem dando bastante trabalho aos adversários pela esquerda. Pela direita, temos um vazio que poderia ser ocupado pelo Emerson Nunes, ou mesmo por um atacante adaptado.
Claro, quem treina a equipe e conhece as condições de cada jogador melhor que ninguém é o técnico. E é ele que vai arcar com as consequências, incluindo a ira dos torcedores, em caso de um eventual desastre (batam três vezes na madeira imediatamente). Sou apenas um torcedor, e muito pouco sei do assunto. Mas humildemente gostaria de ver amanhã o oposto do que vi contra o Botafogo, até porque estamos na situação oposta dessa vez. Ao invés de jogar retrancado e partir para o ataque nos minutos finais, por que não partir pra cima deles logo de início em busca do gol, e deixar para os minutos finais a retranca? Parece-me o mais lógico.
Na última entrevista coletiva concedida, Silas sinalizou que não pretende mexer na equipe que começou o jogo de quarta-feira. Tomara que seja uma pegadinha para nós e para seu amigo Jorginho, técnico adversário. Religioso como sabemos que é, Silas deve acreditar em milagres. Não o condeno por isso. Mas que acrescente um bocadinho de razão à ação divina, só pra garantir.
E que soltem o Leão!
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